segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Diabetes

A diabetes acomete quase 200 milhões de pessoas em todo o mundo. São pacientes cujo organismo não consegue equilibrar naturalmente o nível de glicose (açucar) no sangue. Trata-se de uma doença de evolução lenta, muitas vezes assintomática ou diagnosticada a partir de complicações como doença cardiovascular, doença renal, problemas de visão, problemas neurológicos e impotência sexual.

A diabetes tipo 1, é a forma menos freqüente da doença, tem uma instalação e evolução rápidas e se caracteriza pela completa falta de Insulina – hormônio responsável pela absorção de glicose pelas células e conseqüente redução do nível de açúcar no sangue.

A diabetes tipo 2 responde por aproximadamente 95% de todos os casos de diabetes. No Brazil, atinge 11 milhões de pessoas e está entre as dez principais causas de morte nos países ocidentais. Neste tipo de diabetes, o paciente ainda produz insulina, porém, as células do organismo desenvolvem resistência à Insulina. Desta forma, a glicose não é suficientemente absorvida pelas células, ficando acumulada no sangue.

A obesidade é um dos fatores que intensifica a resistência à insulina. A dieta rica em gordura aumenta a obesidade e a dieta rica em carboidratos (açúcar, doces e massas) aumenta a sobrecarga de açúcar no sangue. Desta forma, se estabelece um círculo vicioso impondo cada vez mais que o organismo aumente a sua produção de insulina.

Com a progressão da doença e a constante sobrecarga de açúcar, o organismo passa a perder a capacidade de produzir insulina, situação que leva a um maior aumento da quantidade de açúcar no sangue.

Aproximadamente 50% dos portadores de diabetes no Brasil não sabem que possuem a doença e, entre os que sabem que tem a doença, uma expressiva parcela não a tratam de forma adequada.

Mulheres grávidas também podem desenvolver a doença, principalmente durante a última fase da gestação, devido a alterações hormonais. Na maioria dos casos, a diabete gestacional desaparece após o nascimento do bebê.

Pesquisas recentes ainda revelam uma relação entre a diabetes e a depressão, o que complica ainda mais o tratamento, pois, o paciente deprimido pode não aderir ao tratamento, deixando de tomar medicamentos, seguir dieta adequada e realizar exercícios programados, ações importantes no controle da diabetes.



Saiba sobre a OBESIDADE

   A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, situação que está associada a problemas de saúde. As causas são diversas e resultam da interação de fatores genéticos (herança familiar), e ambientais (nível sócio-econômico cultural), levando a hábitos alimentares e comportamentos pouco saudáveis.

   Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que, no Brasil, cerca de 70 milhões de pessoas estão acima do peso considerado adequado. Neste universo, 13% da mulheres e 8% dos homens sofrem de obesidade. Nos Estados Unidos, 97 milhões de pessoas estão acima do seu peso ideal, sendo que, aproximadamente 10 milhões são considerados obesos. No mundo, este número chega a 1 bilhão de pessoas acima do peso e 300 milhões de casos de obesidade associada a alto risco de complicações.

   Entre os efeitos indesejáveis provocados pela obesidade estão a limitação dos movimentos, sobrecarga da coluna e, a longo prazo, problemas como artrose e doenças cardiovasculares (por exemplo: angina e infarto do miocárdio). O tratamento básico consiste na reeducação alimentar, atividades físicas regradas e, eventualmente, uso de alguns medicamentos. Dependendo do nível da doença, pode-se optar por tratamento psiquiátrico e cirurgia para redução do estômago.

Fonte:
http://www.abcdasaude.com.br/
http://www.diabetes.org.br/

31/01/2011 - 10'35''

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tire 23 dúvidas sobre o PROTETOR SOLAR

O uso de protetor solar todos os dias do ano, segundo especialistas, ainda não é um hábito entre os brasileiros. Muita gente, aliás, só se lembra da existência desse produto no verão. Resultado: ainda há uma enxurrada de dúvidas sobre como e quando aplicá-lo na pele, quais as diferenças entre as versões disponíveis nas prateleiras e que benefícios reais oferecem para a beleza e a saúde.

Para que uma dúvida dessas, porém, não acabe de alguma forma prejudicando sua pele no futuro, procuramos dermatologistas para responder a 23 perguntas sobre o assunto. Mais do que um verdadeiro manual de proteção da pele, as respostas reúnem recomendações que ajudam a garantir a eficácia desses protetores contra queimadura, insolação e outros inconvenientes - para não citar doenças graves, como o câncer - que podem transformar as recordações de verão em um verdadeiro pesadelo.

1. Qual a diferença entre protetor e bloqueador solar?
Segundo a dermatologista Bertha Tamura, bloqueador é um produto mais "potente" - e, por isso, geralmente mais espesso, indicado para pessoas com a cútis mais sensível ou com algum tipo de doença de pele. Portanto, as marcas comerciais mais conhecidas se encaixam na categoria de protetores solares.

2. O que significa o número do fator de proteção solar, o FPS?
Ele sinaliza quantas vezes mais a pele receberá proteção extra após a aplicação do produto. Por exemplo, se você fica vermelha a partir de 10 minutos de exposição solar, com o uso do protetor FPS 15 ficará protegida por 150 minutos (ou seja, 15 vezes os 10 minutos), o que equivale a cerca de duas horas e meia.

3. É verdade que acima do FPS 30 não existe diferença entre os fatores de proteção?
"De fato a diferença é pequena, mas existe. Um fotoprotetor com FPS 15 protege a pele contra cerca de 92% da radiação UVB, o FPS 30, 96% e o 60, 98%", explica Carla Albuquerque, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


4. Todos os produtos protegem contra os raios UVA e UVB?
"Uma das coisas que diferencia um fotoprotetor de boa qualidade de um de qualidade inferior é a proteção contra radiação ultravioleta A (UVA). Os bons filtros têm fator de proteção contra UVA mais amplo, geralmente declarado na embalagem com as siglas PPD/IPD", explica Carla. O fator FPS está relacionado somente à proteção contra os raios UVB. No entanto, ainda não há consenso para classificar e denominar a proteção contra o UVA. O mais prático, segundo os médicos, é procurar nas embalagens a seguinte frase "proteção solar máxima UVA/UVB".

Até porque já se sabe que os dois tipos de radiação solar ultravioleta estão relacionados ao aparecimento do câncer de pele. Além disso, o UVA, que até então os especialistas consideravam inofensivo, também é capaz de atingir as estruturas que proporcionam elasticidade à pele e favorecer o aparecimento de manchas e rugas.

5. É preciso aplicar um produto diferente no rosto?
Na opinião de Bertha Tamura, não é obrigatório usar um protetor específico para a face. Mas seria bom, uma vez que a textura da pele do rosto não é a mesma do restante do corpo. Além disso, há no mercado muitos cosméticos com tecnologias sofisticadas que aliam a proteção solar a substâncias hidratantes e antifotoenvelhecimento.

6. E, para proteger lábios e cabelos, quais produtos devo usar?
Os batons de boa qualidade, normalmente, já possuem fator de proteção solar. Por outro lado, o FPS não passa de 8. "Para quem tem a pele muito clara ou freqüenta constantemente a praia, isso não é suficiente. Existem produtos específicos que proporcionam maior proteção", alerta Bertha. Já para as madeixas, a preocupação é muito mais estética. Nesses casos, há uma imensidão de produtos, entre eles xampus, condicionadores e sprays, oferecidos nas prateleiras de mercados e farmácias. O importante, segundo Bertha, é usar chapéu e, no caso de calvície, protetor solar para proteger o couro cabeludo.

7. Quanto tempo antes da exposição ao sol devo aplicar o protetor?
"A proteção efetiva só acontece a partir da absorção completa do produto pela pele. Por isso, é preciso aplicá-lo de 15 a 30 minutos antes da exposição solar", explica Carla Albuquerque.

8. É realmente necessário usar o filtro solar todos os dias, mesmo durante o inverno ou períodos chuvosos?
"Assim como a pasta de dente e o fio dental, o protetor também deve fazer parte da sua rotina de higiene e beleza", aconselha a dermatologista Paula Bellotti. E, se você lançar mão daquela desculpa clássica de que vive correndo e não tem tempo para criar mais esse hábito, a médica dá uma dica: "Deixe o produto em local visível ou próximo de seus itens pessoais. Isso irá ajudá-la a ter disciplina. Quando estiver mais velha vai lembrar desse conselho e perceber que valeu a pena", garante. Segundo as especialistas, a proteção da pele deve ser feita diariamente, mesmo quando não há sinal de sol. "A radiação UVA, grande responsável pelo envelhecimento precoce, mantém-se praticamente constante em todas as estações do ano e mesmo nos dias nublados e chuvosos", explica Carla Albuquerque.

9. Se eu não estiver exposto diretamente ao sol, mesmo assim devo passar o protetor por todo o corpo ou somente nas áreas que ficam descobertas?
"No dia-a-dia, passe o produto nas regiões que ficam mais expostas ao sol: rosto, pescoço, orelhas, colo, braços e mãos", recomenda a dermatologista Paula Belotti.

10. O protetor solar diário deve ser aplicado somente uma vez ao dia?
Não basta espalhar o protetor apenas antes de sair de casa. Carla Albuquerque indica mais dois momentos do dia que devem ser destinados a essa rotina: antes do horário de almoço e no meio da tarde.

11. Em casos de exposição direta ao sol, na praia ou em piscinas, de quanto em quanto tempo é preciso reaplicar o produto?
Apesar de, em algumas embalagens, a indicação para reaplicar o produto varie de quatro horas a até 12 horas depois, é consenso entre os médicos indicar nova aplicação a cada duas horas ou após transpiração intensa e mergulhos na água.

12. Alguns produtos são vendidos como "à prova d'água". Eles realmente não saem em contato com a água?
"Esses produtos têm maior fixação à pele, mas não podemos afirmar que não saem na água. Para mergulhos prolongados ou transpiração excessiva, faz-se necessária a reaplicação do produto", afirma Carla Albuquerque.

13. Como saber que estou passando a quantidade suficiente de protetor solar?
"A quantidade ideal é de dois miligramas de protetor por centímetro quadrado". Essa definição é bem exata, mas pouco prática, não é mesmo? Se você não entendeu nada, calma, a dermatologista Carla Albuquerque traduz essa medida:
- Rosto e pescoço: 1 colher de chá;
- Tronco: 1 colher de sopa para a parte da frente e outra, para a parte de trás;
- Braços: 1 colher de sopa para ambos;
- Pernas: 1 colher de sopa para ambas.
* medidas válidas para um adulto de 1,70m, com peso entre 60 e 70 kg.

14. Além do filtro solar, é preciso alguma proteção extra sobre tatuagens?
Segundo a dermatologista Paula Bellotti, o sol é o inimigo número um de quem tem tatuagens, porque pode desbotá-las. "O ideal é procurar um especialista para indicar o melhor produto". Normalmente, só o protetor - o mesmo usado no resto do corpo - é suficiente.

15. Quais são os produtos indicados para quem tem a pele oleosa e para quem tem a pele muito seca?
Preste atenção nas embalagens e, sempre que possível, busque orientação médica antes de comprar o protetor. Em geral, para peles oleosas são recomendados os produtos em gel, gel creme ou loções oil free (sem óleo). Já quem sofre com a cútis ressecada deve optar por loções mais cremosas.

16. É verdade que o uso do filtro solar favorece o aparecimento de acne?
Todos os dermatologistas ouvidos foram categóricos em responder que "não", desde que o filtro seja adequado para o tipo de pele, no caso a oleosa. "Após a exposição solar, a acne apresentar um aspecto melhor, ou seja, ela seca. Porém, se a pele não estiver devidamente protegida o quadro de infecção pode ser agravado. O ideal são os protetores à base de gel ou oil free", explica Paula Bellotti.

17. Pessoas de pele negra também devem usar protetor? Qual o fator indicado?
"Sem dúvida, as pessoas de pele negra também devem usar o protetor", afirma Carla Albuquerque. A dermatologista diz ainda que não recomenda fotoprotetores com FPS menor que 15 para nenhum tipo de pele. E que este é o "número" mínimo que qualquer pessoa deveria usar.

18. Só o filtro solar protege quem tem a pele muito branca?
"Para todos os tipos de pele, mas especialmente para as peles claras, o ideal é que as pessoas usem bonés, chapéus, óculos solares e guarda-sol para uma proteção extra. Além de evitar exposição entre 10 e 16 horas", responde Carla.

19. As crianças devem usar protetores específicos?
Os filtros solares comuns, além de impedir a ação dos raios nocivos, também bloqueiam a síntese (a produção) de vitamina D no corpo humano, que é feita na pele, estimulada pela ação do sol. Esse nutriente, porém, tem como principal função ajudar na absorção do cálcio, cuja falta causa, entre outros problemas, a osteoporose.

Protetores específicos para crianças, geralmente, não impedem a ação do sol na síntese da vitamina D - que é muito importante nessa fase da vida para a formação óssea e o crescimento. Portanto, o ideal é, sim, optar por essas versões infantis. Nesse sentido, a dermatologista Bertha Tamura também indica esse tipo de protetor para os idosos.

20. Quando eu posso substituir o filtro solar por uma loção bronzeadora?
Segundo Paula Belotti, os bronzeadores não protegem a pele da radiação solar. A médica Carla Albuquerque não indica o uso de bronzeadores em nenhuma situação. "O filtro solar bem aplicado também permite um bronzeado gradual, bonito e duradouro", justifica.

21. Por que o bronzeado adquirido com o uso de protetor solar é mais prolongado?
Se a cútis estiver protegida,você evita queimadura e conseqüentemente não "descasca". A dica da dermatologista Paula Bellotti é não querer conquistar o bronzeado de verão em um único dia. "Ele deve ser feito de maneira gradual e com proteção, pois a ação dos raios solares no funcionamento da melanina (o pigmento da pele) só ocorre após 48 horas da primeira exposição", explica.

22. Qual procedimento deve ser feito depois do sol. É preciso aplicar produtos pós-sol ou qualquer hidratante já faz bem à pele?
De acordo com Carla, um bom hidratante costuma ser suficiente para quem se protegeu adequadamente. No entanto, se você abusou e sente uma ardência na pele, o melhor a fazer é aplicar loções específicas para o pós-sol, que contenham substâncias calmantes, como aloe vera. Além de hidratar, segundo Paula Bellotti, esses cosméticos não causam alergia e aliviam o desconforto das queimaduras de grau leve.

23. Quais os principais danos causados pelo uso inadequado do filtro solar ou pela falta dele?
Os danos imediatos são as queimaduras. Em seguida, vêm a vermelhidão, bolhas, sardas, manchas, rugas e, por fim, a flacidez da pele. Segundo Paula Bellotti, estudos apontam que 90% dos casos de envelhecimento da pele do rosto são conseqüências do abuso da exposição ao sol - e não do avançar da idade.

Além dos prejuízos puramente estéticos, a exposição solar prolongada e de maneira inadequada pode causar câncer. "O câncer de pele é considerado o tumor de maior incidência no Brasil. Por isso, os cuidados com a pele devem começar na infância, a partir dos seis meses. O uso diário de protetor pode reduzir em até 85% as chances de desenvolver a doença", garante Paula Belotti.

Fonte: Redação Terra